segunda-feira, 29 de julho de 2019

A Verdade sobre o Descobrimento da América

1. S. TOMÉ

Segundo historiadores, o primeiro a evangelizar o nosso Continente foi S. Tomé, o Apóstolo de N. S. Jesus Cristo. 

Sabe-se que, quando os Apóstolos se dividiram após a morte de Jesus Cristo, S. Tomé ficou responsável por evangelizar a parte da Etiópia e da Índia, entendendo-se então que, por Providência Divina, S. Tomé teria encontrado e desembarcado em nossas Terras.
Pegada de S. Tomé em S. Vicente, Baía

A. América Espanhola

Após os espanhóis chegarem na América, encontraram diversas cruzes, letras que lembravam o nome do Apóstolo e figuras que representavam S. Tomé em nossas terras. Além disso, são encontradas as mesmas evidências em Cuba, onde o chamavam de "Cemi" e no Haiti de "Tzemes".[1] 

B. América Portuguesa

Os nativos afirmavam que tinha passado por aquelas regiões um homem barbado com o nome de "Sumé" que os ensinaram doutrinas da eternidade e a cultivar mandioca, porém não foi ouvido por eles e acabou indo embora.[2] 

Afirmam ainda que ele teria partido em S. Vicente, Baía, onde deixou uma pegada, que os índios mostraram tanto aos portugueses quanto para os jesuítas.[3] 

[1] (R. Pita, História da América Portuguesa, L. I, 104; Varnhagen, História Geral do Brasil antes da sua separação e Independência de Portugal, T. I, S. IV, pg. 42)
[2] (Varnhagen, Op. cit.)
[3] (R. Pita, Op. cit., 105; J. Anchieta, Cartas, Informações e Frag. Históricos do Pe. José de Anchieta, Cap. XXIX, pg. 332)

2. CRISTOVÃO COLOMBO

Nascido em Gênova, Itália, em 1436, Cristovão Colombo, se dedicou à navegação e adquiriu através dos estudos e das viagens que fez, vasta experiência na área cosmográfica.

Colombo estudou diversas obras que corroboravam em afirmar que existia uma terra do outro lado do Oceano, o que ele acreditava ser a costa da Ásia Oriental. A principal delas foi do Cardeal francês Pedro d'Ailly, cujo exemplar da obra estudada por Cristovão,  foi encontrada na Biblioteca de Sevilha contendo diversas notas do navegante genovez. Ademais, Colombo ainda estudou o "Imago Mundi", obra geográfica do século XV a.C., e uma carta de Toscanelli, astrônomo italiano, ao cônego português Fernão Martins, que ele próprio enviou uma cópia a Colombo, onde continha diversos estudos e mapas para se chegar à Índia navegando pelo o Ocidente.[4] 

O genovez foi tratado como louco em seu país e em outras nações. Seu plano foi rejeitado por D. João II (Reinado 1477 - 1495) de Portugal e também igualmente rejeitado pela Inglaterra e pela França.

Também foi rejeitado pelo Rei da Espanha, Fernando, o Católico. Passados oito anos de perseverantes tentativas do genovez, a Rainha de Castela, Isabel, a Católica, penhorou suas próprias jóias acreditando na eficácia de suas descobertas. O que fez com que lhe desse três navios chamados: S. Maria, Pinta e S. Clara ou Ninha[5] 

[4]  (Varnhagen, Op. cit., S. V, pg. 64)
[5]  (Apelidada assim por causa de seu proprietário Juan Niño).

3. NOVO MUNDO

No dia 3 de agosto de 1492, iniciou sua expedição do Porto de Palos[6] com o título de Almirante e de Vice-Rei de todas as ilhas, mares e terras que encontrasse. 

Na viagem tiveram de superar muitas dificuldades por causa de um temporal que enfrentaram e também por causa do desânimo da tripulação. Entretanto na madrugada do dia 11 para 12 de outubro do mesmo ano avistaram a Ilha de Guanahani[7], onde Cristovão Colombo deu o nome de S. Salvador. Ali cantou o Te-Deum[8] e erguendo uma cruz, tomou posse das terras em nome do Reino de Castela. 


Cristovão Colombo chegando em S. Salvador
Da mesma forma descobriu a ilha de Cuba e do Haiti, esta última dando o nome de S. Domingos ou Espanhola. No Haiti construiu um forte onde deixou 38 soldados para proteger as terras descobertas. 

No dia 6 de março de 1493, devido à um temporal, acabou tendo que desembarcar em Lisboa com indígenas que capturou no caribe para levar à Espanha. D. João II vendo aquilo, o acolheu, no entanto, ficou preocupado, achando que esses nativos eram da Índia, que há tanto tempo procurava Portugal. No mesmo mês, voltou triunfante para a Espanha, onde foi recebido com honrarias e festas que lhe era devido, porém isso irritou alguns invejosos do genovez, que logo depois armaram um plano para derruba-lo.[9]

[6] (Atualmente território da Espanha)
[7] (Atualmente território das Ilhas das Bahamas)
[8] (Hino Cristão composto por S. Ambrósio e S. Agostinho)
[9] (P. R. Galante, História do Brasil, T. I, 20, pgs. 16-20)

4. PRISÃO E MORTE DE COLOMBO

Em suas três viagens seguintes visitou mais algumas ilhas e explorou parte considerável da costa do continente.

Na segunda viagem foi denunciado ao Reino por alguns desordeiros que Colombo castigou durante a expedição. Na terceira viagem foi preso por Bobadilla[10], que o mandou de volta para Espanha.

Logo que a Rainha Isabel soube da prisão, mandou imediatamente soltá-lo, porém o Rei Fernando não restituiu seus títulos e também não autorizou uma quarta viagem.

Em 1504, encontrou a Rainha Isabel em seu leito de morte, porém foi desprezado mais uma vez pelo Rei da Espanha, que o deixou morrer em estado de miséria na cidade de Valladolid, na Espanha, em 1506.

Suas cinzas, depositadas primeiro na Catedral de Sevilha, foram depois transferidas para o Haiti, e mais tarde para Havana. 

Cristovão Colombo foi de tal forma importante para as descobertas de nossas terras, que, no seu túmulo em Sevilha, escreveram: "A Castilla y Aragón, Nuevo Mundo dio Colón."

O genovez não teve nem se quer a glória de herdar o seu nome ao continente que descobriu, pelo fato de Américo Vespúcio (1454-1512), que navegou tanto por Portugal quanto pela Espanha, ganhar tanta fama com seus diários de viagens, que acabou herdando seu nome ao Novo Mundo.[11]

[10] (Oficial da Ordem de Calatrava)
[11] (P. R. Galante, Op. cit.)

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